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Um funcionário que fazia a limpeza de uma sala de descontaminação da Usina Nuclear de Angra 2, em Angra dos Reis (RJ), esqueceu uma porta aberta e houve circulação de material radioativo, segundo a Eletronuclear (Eletrobrás Termonuclear S/A). Quatro pessoas que estavam próximas ao local foram contaminadas por urânio e passaram por descontaminação. A prefeitura afirmou que não houve danos ao ambiente.

Às 16h15 do dia 15 deste mês, após o acionamento do alarme de radiação na ventilação da usina, foi deflagrado preventivamente um ENU (evento não usual) em Angra 2.

O alarme foi disparado devido à falha no procedimento da descontaminação de um equipamento que causou a liberação de material radiativo na sala onde o trabalho era realizado.

Quatro trabalhadores foram contaminados em níveis abaixo de 0,1% dos limites estabelecidos em norma para os trabalhadores, de acordo com a CNEN. A equipe de proteção radiológica iniciou os trabalhos de descontaminação (lavagem do corpo, das mãos e do uniforme). Na sequência, os trabalhadores passaram pelos portais da área controlada da usina e nenhum alarme foi acionado. Com isso, a descontaminação ficou confirmada.

Após avaliação das condições radiológicas da usina e das consequências do vazamento, ficou constatado que não houve impacto para o meio ambiente, para os trabalhadores da usina e para a população, segundo a Eletronuclear.

De acordo com a CNEN, os trabalhadores que foram submetido à radiação também foram encaminhados, para exames complementares, para o Centro das Radiações Ionizantes de Mambucaba. Os exames confirmaram não haver nenhuma contaminação. Segundo o conselho, os níveis de radiação a que os trabalhadores foram expostos estão em cerca de 0,1% do que estipula a norma o CNEN.

A liberação ao meio ambiente foi de cerca de 0,2% dos limites estabelecidos pelo conselho, portanto, não significativa. O sistema de filtragem de ar que tem a função de bloquear a saída de radioatividade através da chaminé funcionou adequadamente, segundo o CNEN.

De acordo com o conselho, esse vazamento é classificado na escala internacional de eventos nucleares (INES) da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) como nível um (anomalia ou desvio operacional) numa escala que vai de zero até o nível sete.

Para a Sape (Sociedade Angrense de Proteção Ecológica) o acidente é grave. A organização afirma que a Defesa Civil do município foi avisada somente no dia 18, três dias após a ocorrência.

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